Entre os dias dezasseis e dezoito de Março do presente ano os alunos finalistas da Escola Técnica e Profissional do Ribatejo realizaram uma visita de estudo à Feira Futurália – Feira da Juventude, Qualificação e Emprego a decorrer na FIL em Lisboa, e à Feira do Emprego e Formação Profissional, bem como, ao 3.º Salão Internacional de Tecnologias para a Segurança e Defesa, que decorreram no IFEMA em Madrid.
O projecto da visita de estudo às feiras supracitadas decorreu de uma estruturação programática baseada no reforço endógeno de uma internacionalização do mercado de trabalho enquanto factor fundamental e determinante para uma formação desejavelmente global.
Com esta visita, os alunos tiveram a possibilidade e a oportunidade de tomar contacto directo com as seguintes realidades: observação panorâmica do mercado de trabalho e emprego em território nacional e espanhol, o que se enquadra cada vez mais numa lógica Ibérica de funcionamento, onde Portugal se esforça por superar o seu lugar de subalternidade macro-económica; idenfificar o lugar do trabalhador português dotado de uma qualificação reconhecida na União Europeia e, em particular, na Península Ibérica; e identificar locais estratégicos de integração no mercado de trabalho espanhol subordinados às várias áreas de formação profissional envolvidas.
Estes objectivos foram cumpridos a dois níveis: por um lado, do ponto de vista da recolha de informação relevante, credível e diversificada; por outro lado, do ponto de vista da entrega de informação destinada a maximizar a visibilidade no mercado de trabalho Ibérico. Mais se acrescenta que, complementarmente, uma visita panorâmica de pontos culturalmente relevantes na cidade de Madrid, encontra fundamentação e justificação na lógica empresarial actualmente instalada, que se baseia numa forte penetração económica de bens e serviços espanhóis em território nacional. Cada vez mais somos confrontados com um conceito ibérico do mundo empresarial, segundo o qual o mercado português é gerido a partir de Madrid. Portanto, agindo conscientemente numa vertente de integração, e não de oposição, todos os alunos tiveram a oportunidade de reconhecer a importância desta visita de estudo no contexto da sua formação. Nomeadamente, no que concerne à responsabilidade individual e colectiva que nos é imputada enquanto seres vivos holisticamente enquadrados no espaço e no tempo com especiais competências para compreender o passado, modificar o presente e preparar reponsavelmente o futuro. É justamente no plano desta simbiose teórico-prática que emerge uma flutuação pedagógica de crescimento académico capaz de edificar e concretizar um futuro sólido, sustentado e sustentável. Um futuro que representa, sem dúvida, uma experiência de valor acrescentado na formação técnica e profissional dos nossos alunos.